sábado, 19 de janeiro de 2008

Reverencie o seu processo com a autenticidade


Um dia minha alma se abriu por inteiro
Iyanla Vanzant


Reverencie o seu processo com a autenticidade

Que tipos de jogos você costuma jogar? De início, a pergunta não me pareceu estranha. Minha mente perfeitamente lógica deu uma resposta perfeitamente lógica: “Eu gosto de Banco Imobiliário, mas ando tão ocupada, que raramente tenho chance de jogar!” Que tipos de jogos você costuma jogar? Desta vez o impacto foi como um balde de água fria. A voz dele era grave, os olhos penetrantes, a atitude era de quem sabia e exigia que eu confessasse. Eu sabia exatamente do que ele estava falando, mas meus lábios e minha língua não me obedeciam. Medo, vergonha e culpa atiravam areia em meus olhos e eu não conseguia respirar. Que tipos de jogos você costuma jogar? Na ausência do meu cérebro e da minha língua, eu fiz o que qualquer pessoa apanhada com a boca na botija faria. Eu chorei.
Eu queria escrever um livro chamado Divas Não Soltam Gases: 101 Formas Criativas Usadas por Seres Humanos para Disfarçar Seus Erros. Minha teoria é que as pessoas fazem coisas extraordinárias para fingirem que não soltam gases. Apertamos bem uma nádega contra a outra, esperando não fazer barulho. Depois saímos andando, na esperança de que o mau cheiro não nos siga. Acredito que exista uma pequena diva em todos nós. A diva é sempre perfeita e infalível, acima de repreensões. A diva não ousaria fazer algo tão vulgar quanto soltar gases ou arrotar. Soltar gases é ser falível. Significa que você pode cometer erros. Divas não cometem erros. Infelizmente, a diva não se dá conta de que erros são ocorrências naturais. São produto da conseqüência do fluxo natural da vida. Podem não ser atraentes ou agradáveis, mas são tão naturais quanto gases. São autênticos. Quando a diva que existe dentro de nós se recusa a reconhecer os produtos naturais e normais de nossos atos na vida, recorremos a joguinhos. Eu confesso. Era culpada de ser uma diva que jogava joguinhos e fui pega.
Que tipos de jogos você costuma jogar? Eu jogava o Jogo do Eu Não Sei. Se eu não soubesse, não podia estar errada. Eu jogava o Jogo do Dinheiro. Eu não tinha dinheiro para fazer o que precisava ser feito. Se eu não pudesse fazer uma determinada coisa, não poderia fracassar nela. Eu também usava o jogo do dinheiro como desculpa para não honrar os meus acordos. Pegava dinheiro emprestado e não pagava, conforme acordado. Normalmente isso deixava as pessoas bastante zangadas. Por que é que você está zangado comigo? Eu não tenho dinheiro! E aí eu ficava zangada com quem estava zangado comigo, porque eu não tinha dinheiro para pagar minha dívida, conforme acordado. Isso era, na verdade, uma versão disfarçada do Jogo do Olha Só o que Estão Fazendo Comigo. Eu era uma vítima vitalícia: meus pais, meu marido, as pessoas de quem eu pegara dinheiro emprestado, todos estavam fazendo alguma maldade comigo. Enquanto era vítima do que alguém estava fazendo comigo, eu não precisava assumir o que estava fazendo comigo mesma ou com quem quer que fosse.
O jogo mais elaborado e complexo de todos era o Jogo do Eu Não Agüento Mais. Esse é o jogo de quem assume mais do que seria humanamente possível fazer, e, como não consegue fazer o que começou, cria um caos generalizado na vida e fica reclamando do quanto as pessoas esperam dela. Esses jogos eram produto do medo da desaprovação, alimentado pelo medo de não ser aceita, misturado com o medo de não fazer uma coisa direito, embebido na crença de que eu não era boa o bastante. Por cima de tudo isso vinha a bombástica “diva que nada faz de errado” que habitava dentro de mim. Eu não soltava gases. Traduzindo: eu não era autêntica.
Para sermos autênticos, precisamos estar dispostos a reconhecer e aceitar os produtos naturais do que pensamos, fazemos e dizemos nesta vida. As pessoas à sua volta são meros espelhos das várias facetas existentes em você. Quando as pessoas de seu mundo agem ou fazem coisas de uma maneira que você considera feia, isso é reflexo de alguma parte sua. Resista à tentação de ficar com raiva delas. Busque no seu coração e na sua mente qual foi o pensamento, palavra ou ação que surgiu na sua vida como os gases que você solta.
A autenticidade também exige que você fique em contato com seus sentimentos. Você não pode negar o que sente, não pode controlar. Use de autenticidade! Aprenda a descrever e a comunicar o que está sentindo quando estiver sentindo, em primeiro lugar, para você. Comunique aos outros apenas à medida que for necessário. Da mesma forma como não gostamos de soltar gases, há certas coisas que não gostamos de sentir, sobretudo quando o sentimento nos traz desconforto. Mas, além de nos fazerem saber que estamos vivos, os sentimentos nos tornam autênticos e diferentes de todo o mundo, porque são nossos. Se você quer viver uma vida autêntica, livre das exigências da diva que habita dentro de você, precisa permitir-se sentir.
Um outro aspecto importante da autenticidade é a disposição para dizer sempre a verdade. Gay e Kathlyn Hendricks chamam isso de “verdade microscópica”. Isso significa dizer a verdade sobre todas as coisinhas da vida. Quando você soltar gases, não culpe outra pessoa, admita e simplesmente peça desculpa! Quando sentir dor, não diga que está tudo bem. Admita a sua dor. Admita o seu medo, a sua raiva, a sua insegurança. Admita tudo o que você criar, interna e externamente. Admita cada emoção como uma parte de você. Quando você admite o que sente, tem poder para fazer uma escolha consciente para mudar esse sentimento. Quando você comunica a outras pessoas o que sente, tem poder para criar e definir limites. A autenticidade exige que não haja comparações. Você não pode se comparar ou comparar o que você faz com mais ninguém. Você é você! Você representa uma parte verdadeira e original do Mestre! Não existe ninguém igual a você. Segundo o escritor Og Mandino, você é ”o maior milagre do mundo!”. Isto é tão verdadeiro que, se você se comparar aos outros e governar seus atos pelos atos dos outros, você se perderá.
Finalmente, e mais importante, a autenticidade significa que você deve fazer o que faz ao seu modo e deve permitir o mesmo a todas as outras pessoas. Houve um tempo em que eu queria ser igual a todo escritor famoso que jamais existiu. Eu tentava copiar estilos, reproduzir informações, usar ilustrações parecidas. Quase fiquei louca! Agora, eu simplesmente faço o que faço. É claro que me aconselho. Admiro o trabalho de algumas pessoas, mas escrevo à minha maneira. Decoro minha casa à minha maneira. Visto-me à minha maneira. Se Deus nos fez tão únicos, é uma pena ficarmos imitando os outros. Quando cada um de nós admite as suas partes autênticas, podemos todos nos divertir, apoiar, educar e curar uns aos outros sem parar. Quando admitimos nossos próprios gases, estamos trabalhando a favor da eliminação do preconceito, da opressão e do ódio. Quanto mais jogos nós jogamos, mais regras precisamos seguir. Quanto mais regras existem, menos oportunidades temos de ser criativos. A criatividade precisa da autenticidade. Sem ela, o Mestre que existe dentro de cada um de nós pode ser verdadeiramente reconhecido e reverenciado.

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Os 11 mandamentos da FLY (Finally Loving Yourself) Fonte: Chega de Bagunça
1. Mantenha sua Pia Limpa e Brilhando.
2. Vista-se toda manhã, mesmo que você não sinta vontade. Não esqueça de colocar os sapatos (de amarrar).
3. Faça suas Rotinas da Manhã e as Rotinas da Noite (aquela antes de ir para a cama) todos os dias.
4. Não deixe o Computador te distrair(Ops!!!).
5. Observe as suas atitudes. Se você tirou algo do lugar, coloque de volta.
6. Não tente fazer dois projetos de uma vez. UM TRABALHO POR VEZ.
7. Não tire para fora coisas que você não pode devolver em menos de 1 hora.
8. Faça alguma coisa por você todos os dias. Talvez a cada manhã ou noite.
9. Trabalhe o mais rápido que você puder. Isto te dará mais tempo para se divertir.
10. Sorria, mesmo quando você não estiver disposta. Um sorriso é contagioso. Faz sua mente ficar feliz e você será feliz
11. Não esqueça de rir (gargalhar) todos os dias. Mime-se. Você merece isso!!!